Imprevistos

“Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que ele trará.” Provérbios 27:1

Imprevistos acontecem! Se você é como eu, já ouviu esta frase algumas vezes e confesso que antes não gostava nadinha dela. O fato é que gostando ou não, é a mais pura verdade.
Por mais organizado que você seja, por mais que as coisas pareçam estar sob controle, por mais que sua agenda seja impecável, imprevistos sempre acontecerão porque fazem parte da vida de todos. Até tentamos minimizar seus efeitos fazendo seguros, tendo um bom plano de saúde, deixando uma reserva para despesas extras, mantendo o estepe do carro em ordem, carregando um guarda-chuva na bolsa e outras coisas mais, mas ainda assim muitas vezes a vida nos surpreende com imprevistos para os quais não tivemos a menor possibilidade de nos preparar.
No fundo, no fundo, a maior dificuldade que temos em lidar com imprevistos é que eles representam, em maior ou menor grau, uma mudança nos planos e não gostamos quando nossos projetos não caminham exatamente como tínhamos em mente. Temos a ilusão de que sabemos sempre qual é o melhor caminho para nós e como tudo deveria acontecer para contribuir conosco. Este é um grande engano, afinal a Bíblia nos ensina que nosso coração é enganoso e que, se não tomarmos cuidado em estarmos sempre sintonizados com a vontade de Deus, nossos planos e projetos podem nos levar a resultados prejudiciais a nossas vidas.
Para estarmos preparados para os imprevistos é preciso que exercitemos nossa fé e coloquemos nossas vidas verdadeiramente na mão do Senhor. Se assim for, passaremos a vê-los não como atrapalhos, mas como oportunidades de aprender mais de Deus, de exercitar a paciência, o domínio próprio, o amor e principalmente a confiança em Deus.
Podemos até mesmo descobrir que o não cumprimento de nossos planos tenha sido uma bênção, pois Deus sabe muito mais do que nós o que é melhor. Lembre-se: para Deus não há imprevistos! Ele conhece a sua vida, seus caminhos e sabe exatamente o que é melhor para você e se você confiar nele e andar segundo a sua direção tudo o que acontecer na sua vida, mesmo que você não compreenda de imediato, contribuirá de alguma forma para o bem.
O apóstolo Paulo entendia muito bem o que estou dizendo aqui. Sua vida foi repleta de “imprevistos”, cada um deles usado por Deus para que ele se tornasse a cada dia mais e mais parecido com Jesus e realizasse para Deus uma obra maravilhosa. Paulo sabia tão bem disso que  disse em sua carta aos romanos: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”(Romanos 8:28)

 

Stela Herrera

 

Estudo sobre a raiva – 30/10/2011

Hoje na EBD a Prª Alviete nos trouxe um estudo sobre a raiva. Aqui vão alguns tópicos do que vimos e em seguida um texto da psicóloga Bel César.  Esperamos que seja muito edificante para sua vida!

    • A ira justa odeia o pecado, não o pecador.
    • Em nossos momentos de ira, costumamos atacar um ao outro. Por mais que a causa seja justa, nossa ira deve ser com o pecado, não com o pecador.
    •  “Quando vocês ficarem irados, não pequem; ao deitar-se reflitam nisso, e aquietem-se. ”  Salmos 4:4
    • O castigo é vinculado à ira de Deus (antigo testamento), já a disciplina é vinculada ao amor, graça (novo testamento)
    • “Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei” Salmos 94:12
    • “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”.  Provérbios 3:11-12
    • Não justifique um ato de pecado. O fizemos porque queremos, deliberadamente.

A natureza da Raiva

Bel César

Todas as vezes que experienciamos uma forma de desapontamento ou frustração é porque estamos resistindo a aceitar a realidade de que tudo muda, o tempo todo. Aceitar mudanças requer de nós disponibilidade para o novo: temos que abandonar nossas velhas identidades e nos abrir para o desconhecido. Na maioria das vezes, resistimos às mudanças porque elas nos demandam esforço, consciência e sabedoria para olhar de frente o que preferiríamos não ver.

Quando nos sentimos incapazes de lidar com o novo, surge em nós a raiva: vontade de atacar para nos defendermos daquela situação indesejada. A raiva é um sentimento sustentado pela incapacidade de gerenciar uma situação.

A raiva nos desequilibra. Apesar de expressar-se mediante a força da agressividade, ela nos enfraquece. A raiva surge quando nos sentimos fracos e frustrados ao termos de reconhecer nossos limites internos e externos.

Para superar a raiva, é preciso saber atravessá-la. O segredo está em observar o desconforto que ela produz em nós, sem nos deixarmos contaminar pela negatividade da autocrítica. Como um cientista que é capaz de analisar uma substância venenosa sem se deixar contaminar por ela.

Não precisamos ser vítimas de nossa raiva. Da próxima vez que você estiver preso à raiva, evoque em si mesmo uma atitude mental capaz de testemunhar o que estiver ocorrendo. Você verá que é possível distanciar-se da raiva enquanto a estiver sentindo. A atitude mental de observação é imparcial: não julga a raiva como certa ou errada. Sua intenção é recuperar a clareza mental.

Para lidar positivamente com a raiva, temos de desenvolver a capacidade de manter os olhos abertos diante da dor. Ter compaixão por nós mesmos é despertar a curiosidade em saber como aquele sentimento de raiva surgiu em nossa mente pela primeira vez.

Muitas vezes, sentir raiva nos faz chorar. Se o choro for de aceitação, ele nos ajudará a derreter o ressentimento e o orgulho ferido. Mas se for de indignação estaremos retroalimentando a própria raiva. A indignação é como uma cola que nos deixa ainda mais presos ao sofrimento. Podemos reconhecer que a raiva não nos traz benefícios e nos desinteressarmos por ela. No entanto, só quando aceitamos a raiva é que ela se desprende de nós.

Há algo que a raiva quer nos ensinar. Podemos escutá-la, pois ela nos revela as forças que necessitamos desenvolver para realizar nossas mudanças. Na próxima vez que você estiver preso à raiva, pergunte-se: Que força interna eu preciso gerar agora?

Você já pensou em recuperar a gentileza consigo mesmo durante um ataque de raiva? Podemos ter sido vítimas de uma injustiça, mas não precisamos ser vítimas de nós mesmos! A determinação em sucumbir da raiva nos ajuda a recuperar nossa vitalidade.

O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. Ele enfatizava que falhar é uma experiência inevitável, pois sempre encontraremos dificuldades. Mas se praticarmos com sinceridade e seguirmos o caminho com o nosso coração, as dificuldades não representarão um obstáculo. Serão, simplesmente, um aspecto da vida, uma forma particular de energia.